Foto: Divulgação/ Polícia Civil
Ex quis monitorar vítima e a acompanhou até delegacia. Medidas protetivas foram solicitadas pela polícia e decretadas pela Justiça
Um caso inusitado de violência doméstica vem sendo investigado
pela Polícia Civil em Rio Pardo. No dia 21 de fevereiro, uma mulher decidiu
registrar uma ocorrência contra o seu ex-companheiro. O homem ficou desconfiado
e quis
ir junto com ela até a delegacia. Intimidada e com medo, a
vítima não teve outra escolha.
Escreveu em um bilhete o pedido de ajuda, para
que o acusado não pudesse ver do que se tratava. Plantonista na ocasião, o
comissário Alessandro Simões atendeu o caso. “Imediatamente coloquei ela em
um local reservado, na Sala das Margaridas. Verifiquei qual era a situação e
tratei de dar o atendimento que ela estava pedindo”, comentou o
policial.
Uma ocorrência de ameaça, que teria acontecido no dia anterior,
foi registrada. “Esse
homem já tinha saído de casa, e estava tentando voltar, porque não aceitava o
término do relacionamento”, detalhou o comissário. A Polícia Civil solicitou
medidas protetivas de urgência em favor da vítima, contra
o acusado, que foram decretadas pela Justiça.
Ele poderá
ser preso caso volte a se aproximar da mulher. “Nós
temos adotado prioridade nesses casos. Todo e qualquer mandado de prisão que
nos chega, ou mandado de busca para localizar arma, a Seção da Investigação
imediatamente já sai atrás para capturar”, apontou Simões.
Segundo o delegado Anderson Faturi, o Poder Judiciário e a polícia
estão focados
no combate à violência doméstica. Cerca de 90% das prisões
realizadas este ano em Rio Pardo estão relacionadas a crimes de
violência doméstica, incluindo ameaças de morte e tentativas de feminicídio.
Para Faturi, o aumento no número de registros e prisões é um
indicativo positivo, pois significa que o Estado e a sociedade estão
olhando de forma mais atenta para esses casos, tornando as
medidas de proteção e punição mais eficazes. “Sempre existiu. Agora se está
sendo efetivo no registro, na investigação, no afastamento, na prisão se
necessária, e na proteção da mulher.”
Fonte: Cristiano Silva/ Portal Arauto