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Mulher entrega à polícia bilhete com pedido de ajuda em Rio Pardo

Publicada em: 06/03/2025 13:27 - POLÍCIA

Foto: Divulgação/ Polícia Civil

Ex quis monitorar vítima e a acompanhou até delegacia. Medidas protetivas foram solicitadas pela polícia e decretadas pela Justiça


Um caso inusitado de violência doméstica vem sendo investigado pela Polícia Civil em Rio Pardo. No dia 21 de fevereiro, uma mulher decidiu registrar uma ocorrência contra o seu ex-companheiro. O homem ficou desconfiado e quis ir junto com ela até a delegacia. Intimidada e com medo, a vítima não teve outra escolha.

Escreveu em um bilhete o pedido de ajuda, para que o acusado não pudesse ver do que se tratava. Plantonista na ocasião, o comissário Alessandro Simões atendeu o caso. “Imediatamente coloquei ela em um local reservado, na Sala das Margaridas. Verifiquei qual era a situação e tratei de dar o atendimento que ela estava pedindo”, comentou o policial.

Uma ocorrência de ameaça, que teria acontecido no dia anterior, foi registrada. “Esse homem já tinha saído de casa, e estava tentando voltar, porque não aceitava o término do relacionamento”, detalhou o comissário. A Polícia Civil solicitou medidas protetivas de urgência em favor da vítima, contra o acusado, que foram decretadas pela Justiça.

Ele poderá ser preso caso volte a se aproximar da mulher. “Nós temos adotado prioridade nesses casos. Todo e qualquer mandado de prisão que nos chega, ou mandado de busca para localizar arma, a Seção da Investigação imediatamente já sai atrás para capturar”, apontou Simões.

Segundo o delegado Anderson Faturi, o Poder Judiciário e a polícia estão focados no combate à violência doméstica. Cerca de 90% das prisões realizadas este ano em Rio Pardo estão relacionadas a crimes de violência doméstica, incluindo ameaças de morte e tentativas de feminicídio.

Para Faturi, o aumento no número de registros e prisões é um indicativo positivo, pois significa que o Estado e a sociedade estão olhando de forma mais atenta para esses casos, tornando as medidas de proteção e punição mais eficazes. “Sempre existiu. Agora se está sendo efetivo no registro, na investigação, no afastamento, na prisão se necessária, e na proteção da mulher.”

 

Fonte: Cristiano Silva/ Portal Arauto 

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